A todo o momento estamos expostos a microrganismos que, mesmo não sendo possível vê-los, estão em todos os lugares: no alimento que ingerimos, seja uma fruta, legume ou verdura mal lavada; na água que bebemos; ou simplesmente no ar que respiramos.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde “as infecções bacterianas são a causa de ¼ das mortes em todo o planeta”. (OMS, 2010)
Este dado nos mostra com clareza a relevância do assunto em questão, e nos atenta para um agravante: a resistência bacteriana. Quando se faz uso inadequado de antibióticos, se reduz consequentemente às chances de cura ou de eficácia do tratamento no momento em que realmente se torna indispensável o uso de tal medicação.
De acordo com o diretor-presidente da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Dr. Dirceu Raposo, no Brasil a resistência bacteriana é causada por um conjunto de fatores, sendo: prescrição incorreta, automedicação e falta de informação.
Reflexo deste quadro está no aumento de casos de infecções hospitalares por microrganismos resistentes a antibióticos. Eis mais um motivo que ressalta a importância de se controlar a venda e consequentemente o consumo de todo e qualquer tipo de antibiótico. O objetivo da ANVISA, ao ampliar o controle sobre esses medicamentos é, portanto, contribuir para a redução da já citada acima, resistência bacteriana. Para isso entrou em vigor a RDC 44/2010, Lei normativa que regulamenta a venda de antibióticos somente mediante a apresentação de receita médica e retenção da mesma. (ANVISA, 28/10/2010)
Portanto é para o nosso próprio bem que devemos compreender o quanto é importante sermos conscientes com relação a este tema; o uso de antibióticos não deve ser feito por qualquer motivo, mas sim com um único propósito: o controle efetivo de microrganismos patogênicos que podem provocar incapacitação prolongada ou até mesmo a morte de seres humanos, independente da idade, situação financeira ou higidez da pessoa atingida. (Farmacognosia Biotecnologia, 1997, p. 247)
“O medicamento na dose certa e corretamente indicado é remédio. Na dose errada ou incorretamente indicado por ser um veneno!”
Referências Bibliográficas:
Biotecnologia, Farmacognosia. Robers, J. Speedie, M. Tyler, V.
Editora Premier. São Paulo, SP. 1997. http://p.farma.com.br http://www.anvisa.gov.br
Texto produzido para a Semana de Farmácia do Cursos Técnico em Farmácia do Colégio Elias Moreira, pelos estudantes: Maria Claudia Vitti Volkmann, Natálie Cristine Ferreira, Rafael Peters e Talita Cristiane Guerra