Técnicos têm mais chances de emprego |
Fazer um curso técnico em uma área que esteja em alta no mercado é praticamente assinar um contrato de emprego. E isso acontece, muitas vezes, antes mesmo do aluno terminar o curso. Para se ter uma ideia, o índice de empregabilidade entre os alunos que concluem uma turma no ensino técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em Goiás é de 85%. Poucas graduações conseguem tamanho desempenho.
Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que avaliou dados de 2002 a 2010, um trabalhador com currículo técnico tem 38% mais chances de conseguir um cargo com carteira assinada do que outro que tenha apenas nível médio.
"Os cursos técnicos são um atalho entre o nível médio e a oportunidade de emprego", afirma a coordenadora-técnica do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) Goiás, Veronizia Teodoro Luz.
Este bom cenário para profissionais técnicos é o reflexo do tão falado apagão de mão de obra qualificada no País. E a consequência disso também se estende aos salários: em média, a remuneração inicial de um profissional técnico na indústria em Goiás é de três salários mínimos, o equivalente a mais de R$ 1,6 mil.
"Mas há caso em que um técnico em impressão gráfica recebe R$ 4 mil, porque passou de imediato ao cargo de gerência, pela carência de profissional no mercado", informa o diretor de Educação Tecnológica do Sesi/Senai, Manoel Pereira da Costa.
A mesma pesquisa da FGV aponta que o concluinte do curso técnico ganha quase 13% a mais do que aquele que tem somente nível médio. "Muitas pessoas de nível superior nos procuram para fazer o ensino técnico, devido aos salários que têm se tornado cada vez mais interessantes", destaca Veronizia.
Curso superior
Mas o inverso também ocorre. Muitas pessoas se dedicam ao curso técnico primeiro para obter um emprego com o salário que vai custear o tão sonhado curso superior.
O professor José Luis Domingos, que é gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do Campus de Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG), destaca que um dos diferenciais deste profissional é a experiência curricular, que além do conteúdo teórico e prático, passa por estágio em diversas empresas. "A capacidade dele desempenhar as atividades relativas à sua profissão é muito maior do que a de um profissional de nível médio", afirma.
Fonte: Jornal O Popular - Lídia Borges - 24 de Janeiro de 2011
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